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Direito à Informação Clara sobre Composição de Produtos Alimentícios: Saiba o Que a Lei Garante

  • Foto do escritor: Thales de Menezes
    Thales de Menezes
  • 21 de fev.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 24 de mar.


Você já parou para ler o rótulo de um produto alimentício e se deparou com uma lista interminável de ingredientes, muitos dos quais você nem sabe o que são? Ou já comprou algo pensando ser saudável, mas depois descobriu que estava cheio de açúcares, gorduras ou aditivos químicos? Essas situações são mais comuns do que imaginamos e reforçam a importância do direito à informação clara e transparente sobre a composição dos alimentos. Neste texto, vamos explorar como o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e outras normas garantem esse direito e como você pode se proteger de práticas enganosas.

Por Que a Informação sobre Composição é Tão Importante?

A composição de um produto alimentício diz muito sobre sua qualidade, segurança e impacto na saúde. Saber o que estamos consumindo é essencial para:

  • Tomar Decisões Conscientes: Escolher alimentos alinhados com nossas necessidades nutricionais, restrições alimentares ou preferências pessoais.

  • Evitar Riscos à Saúde: Identificar ingredientes que podem causar alergias, intolerâncias ou outros problemas de saúde.

  • Combater Práticas Enganosas: Impedir que fabricantes escondam informações importantes, como altos teores de açúcar, sódio ou gordura.

O Que a Lei Diz sobre o Direito à Informação?

Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece, em seu artigo 6º, que o consumidor tem direito à informação clara e adequada sobre produtos e serviços. No caso dos alimentos, essa informação deve incluir:

  1. Lista de Ingredientes: Todos os componentes do produto devem ser listados em ordem decrescente de quantidade.

  2. Informações Nutricionais: A tabela nutricional deve detalhar o valor energético, carboidratos, proteínas, gorduras, fibras e sódio, entre outros nutrientes.

  3. Alergênicos: Desde 2015, a Resolução RDC nº 26/2015 da Anvisa obriga a indicação de ingredientes que podem causar alergias, como glúten, lactose, amendoim e crustáceos.

  4. Prazo de Validade e Condições de Conservação: Informações essenciais para garantir a segurança do consumo.

  5. Origem do Produto: O consumidor tem o direito de saber onde o alimento foi produzido e por quem.

Rotulagem Nutricional: Novas Regras para Mais Transparência

Em outubro de 2022, a Anvisa implementou novas regras para a rotulagem nutricional de alimentos embalados. As principais mudanças incluem:

  • Rotulagem Frontal: Um símbolo de lupa na parte da frente da embalagem indica quando o produto tem altos teores de açúcares, gorduras saturadas ou sódio.

  • Letras Maiores e Mais Legíveis: As informações nutricionais devem ser apresentadas em fontes maiores e em contraste com o fundo da embalagem.

  • Informações Simplificadas: A tabela nutricional deve ser mais clara e direta, facilitando a compreensão do consumidor.

Essas mudanças visam combater o excesso de informações técnicas e ajudar o consumidor a fazer escolhas mais saudáveis.

O Que Fazer em Caso de Informações Incompletas ou Enganosas?

Se você identificar irregularidades na rotulagem de um produto, como informações faltantes, ilegíveis ou enganosas, pode tomar as seguintes medidas:

  1. Reclame com o Fabricante: Entre em contato com o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) da empresa para relatar o problema.

  2. Registre uma Reclamação no Procon: O órgão de defesa do consumidor pode fiscalizar e multar empresas que descumprirem as normas.

  3. Denuncie à Anvisa: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária é responsável por fiscalizar a rotulagem de alimentos. Denúncias podem ser feitas pelo site ou aplicativo da Anvisa.

  4. Busque os Juizados Especiais: Em casos de danos causados por informações inadequadas, você pode buscar indenização por meio dos Juizados Especiais.

Dicas para Ler Rótulos de Alimentos

  • Comece pela Lista de Ingredientes: Os primeiros itens são os que estão em maior quantidade no produto.

  • Atenção aos Açúcares Ocultos: Ingredientes como xarope de milho, maltodextrina e sacarose são formas de açúcar.

  • Evite Produtos com Muitos Aditivos: Corantes, conservantes e realçadores de sabor em excesso podem ser prejudiciais à saúde.

  • Compare Produtos: Use a tabela nutricional para escolher opções com menos sódio, açúcar e gordura.

Conclusão

O direito à informação clara sobre a composição de produtos alimentícios é fundamental para garantir a saúde, a segurança e a autonomia do consumidor. Com as novas regras de rotulagem e o apoio do CDC, temos mais ferramentas para fazer escolhas conscientes e combater práticas abusivas. Fique atento aos rótulos, exija transparência das empresas e, se necessário, recorra aos órgãos de defesa do consumidor. Afinal, informação é poder, e no caso dos alimentos, é também saúde!

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